O projecto de lei da Iniciativa Liberal torna o sistema político português mais respeitador do espírito da Constituição, diminuindo o desperdício de votos em eleições legislativas com a introdução de um círculo nacional de compensação
No concelho de Leiria foram desperdiçados 13 370 votos nas últimas Eleições Legislativas. No distrito de Leiria foram desperdiçados 44 338 votos, que acabaram por não contribuírem para a eleição de qualquer deputado
A Iniciativa Liberal entregou na Assembleia da República um projecto de lei para reformar o sistema eleitoral português, tendo como objectivos reforçar a proporcionalidade da representação parlamentar, reduzindo drasticamente o número de votos desperdiçados, e assegurar uma representação mais rigorosa da população e do território no hemiciclo.
Só nas últimas eleições legislativas, 730 mil votos não serviram para eleger qualquer deputado, são votos deitados ao lixo, o que não pode ser negligenciado por nenhuma força político-partidária. No concelho de Leiria nas Eleições Legislativas de 2022 foram perdidos 13 370 votos, o que com a proposta da Iniciativa Liberal com um círculo de compensação seria diminuído para 737 votos. Para a Iniciativa Liberal, todos os votos devem contar, não podem existir votos de segunda, não podem existir portugueses de segunda.
De forma agregada em todo o Distrito de Leiria, nas Legislativas de 2022 foram perdidos 44 338 votos. A proposta da IL com um círculo de compensação reduziria este número para 2 295 votos.
A proposta da Iniciativa Liberal de um círculo de compensação nacional permite que todos os votos possam contribuir para eleger deputados, alcançando um sistema muito mais proporcional e muito mais de acordo com o espírito da Constituição, que está corrompido.
Na óptica da Iniciativa Liberal, o problema de representatividade do sistema eleitoral português tem de ser corrigido urgentemente uma vez que mais de oito milhões de votos não foram convertidos em mandatos parlamentares desde 1975.
O actual sistema eleitoral beneficia injustamente PS e PSD, atribuindo a estes partidos bem mais deputados do que o que decorreria da distribuição global de todos os votos dos portugueses.
Um sistema com este nível de favorecimento não permite que todos os portugueses possam expressar de forma útil a sua opinião política e, em muitos casos, votem em segundas ou terceiras opções ou, pior ainda, desistam de participar nos actos eleitorais, engrossando a abstenção. Um sistema tão enviesado retira a voz democrática aos portugueses.
Proposta “VOTOS QUE CONTAM” aqui